
Traidor
Carlos Eduardo Taddeo
Contradições sociais e crítica à alienação em “Traidor”
A música “Traidor”, de Carlos Eduardo Taddeo, aborda de forma direta a contradição de pessoas das periferias que, apesar de sofrerem com a violência policial e o preconceito social, acabam reproduzindo discursos e atitudes da elite dominante. No trecho “Não é porque você aplaude operação com 11 mortos / Que isso te faz rico, europeu nórdico”, Taddeo mostra que adotar ideias conservadoras e punitivistas não protege o indivíduo pobre do preconceito estrutural. Ele reforça que a origem social continua sendo um fator determinante na marginalização dessas pessoas.
A letra utiliza ironias e referências históricas para criticar a alienação de classe e a falta de consciência histórica. Ao citar figuras como Borba Gato e a Princesa Isabel, Taddeo ironiza a idolatria a personagens ligados à opressão, mostrando como o preconceito é internalizado e perpetuado por quem deveria combatê-lo. O verso “Pode ser o fantoche plagiando ódio da classe dominante / Mas nunca vai sentar na mesa da casa grande” resume a mensagem central: mesmo que o pobre adote o discurso da elite, ele nunca será aceito como parte dela. Assim, a música denuncia tanto a opressão vinda de cima quanto a traição de quem, por ignorância ou oportunismo, reforça o sistema que o oprime.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Carlos Eduardo Taddeo e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: