não vai dar certo

Crítica social bem-humorada em "não vai dar certo"

A música "não vai dar certo", de Celso Viáfora, faz uma crítica bem-humorada ao cotidiano brasileiro, usando ironia para transformar frustrações coletivas em um retrato leve, mas incisivo, das dificuldades do país. Celso Viáfora e Pedro Viáfora trazem referências diretas, como “o mundo tá Trump” e “fazer uma PEC pra sugar nosso sangue”, para mostrar como decisões políticas e econômicas, tanto do Brasil quanto do exterior, afetam a vida das pessoas comuns. A sensação de que o sistema é manipulado para nunca favorecer o cidadão aparece em cada verso, reforçando o sentimento de impotência diante das estruturas de poder.

A letra mistura temas como futebol, política, economia e cultura pop para ilustrar que, por mais que se tente, sempre há um novo obstáculo: “furando nosso tanque” ou “tirando a gente do ranking”. A citação à Gretchen, por exemplo, vai além do humor: rebolar como ela simboliza a necessidade de se adaptar e improvisar diante das dificuldades. Expressões como “preparar um trambique” e “achar que a gente é moleque” mostram a desconfiança e o famoso jeitinho brasileiro, que acabam virando regra em um sistema cheio de falhas. O refrão repetitivo reforça a ideia de um ciclo vicioso, onde cada tentativa de acerto esbarra em novos problemas, como hackers, vírus, descontos inesperados ou tributos. No final, a música serve como um espelho ácido da realidade, equilibrando crítica social com sarcasmo e leveza.