LIMITLESS

Superação e vulnerabilidade em "LIMITLESS" de Central Cee

Em "LIMITLESS", Central Cee expõe sua vulnerabilidade ao abordar temas como a perda de amigos e as pressões do sucesso. No verso “I put up the bread for my broski's funeral, that was my first time bookin' a hearse” (Eu paguei pelo funeral do meu irmão, foi a primeira vez que reservei um carro fúnebre), ele faz referência direta ao assassinato de Fernando Johnson (FDot), mostrando como a violência e a morte marcam sua trajetória. Esse episódio não só impacta sua visão de mundo, mas também influencia sua música, trazendo um tom realista e pessoal.

O artista também fala sobre a responsabilidade financeira e o peso de ser o provedor da família, como em “If I don't pay the bills, then who will?” (Se eu não pagar as contas, quem vai pagar?). Ele revela o conflito interno de priorizar o dinheiro por necessidade, o que gera culpa e tensão. A metáfora do título e do refrão, “feelin' limitless, just like the film, popped two pills” (me sentindo sem limites, igual ao filme, tomei dois comprimidos), faz referência ao filme "Limitless" e simboliza sua busca por superação e ambição, mesmo diante das dificuldades. Central Cee reconhece que, apesar das conquistas, como um contrato com a Nike, ainda carrega traumas do passado e sente a pressão de não poder falhar. Versos sobre crescer em um lar monoparental, conviver com vícios e violência, e a constatação de que “the P don't stop people dyin'” (o dinheiro não impede as pessoas de morrerem) reforçam o contraste entre ascensão financeira e as limitações impostas pela vida. A música, assim, retrata honestamente as contradições de quem alcançou o sucesso, mas ainda enfrenta os limites do passado e da realidade.