Maquininha

A força materna e a memória em “Maquininha” de Cezar e Paulinho

A música “Maquininha”, de Cezar e Paulinho, destaca a máquina de costura como símbolo de resistência, amor e sacrifício materno. O objeto, comum no cotidiano de muitas famílias, ganha um significado especial ao ser associado à mãe, que “jamais se cansou” e trabalhou “com a força da fé” para criar os filhos. A letra evidencia o desgaste físico e o passar do tempo, como nos versos “Mamãezinha seus cabelos negros / Branquinhos ficaram”, mostrando o envelhecimento da mãe como resultado de sua dedicação.

O desejo de transformar a maquininha em um “troféu dourado” e colocá-la “em cima da mesa, reformada e coberta de ouro” representa a vontade de homenagear e eternizar o reconhecimento pelo esforço materno. A canção também reflete a valorização das raízes sertanejas e do trabalho manual, especialmente no meio rural, contexto em que muitas mães sustentaram suas famílias com a costura. Ao misturar nostalgia, gratidão e esperança, a música pede proteção divina para que a mãe receba em vida o reconhecimento por tudo o que fez, tornando a maquininha um símbolo de afeto e memória familiar.