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Na Boca da Noite

César Oliveira

Letra

    Na boca da noite costeando a picada meu zaino que é um gato se para carancho
    Bombeando distante pras bandas do poente parece que sente o calor de algum rancho
    Eu trago na estampa um jeito teatino porque o destino quis que eu fosse andejo
    E a noite serena chega e me provoca campear a chinoca e roubar-lhe um beijo

    Um ventito manso me alvorota o pala então eu me aprumo e tapeio o chapéu
    Enxergo teu corpo no clarão da lua e os teus lindos olhos brilhando do céu
    Eu sinto no peito um guascaço mui forte inté acho que tenho coração de potro
    Que bate ligeiro quando enxergo a flor se é meu este amor não preciso de outro

    A alma de um taura que vaga solito se para mais quebra rumbiando pra o fim
    E as ânsias que tenho acolherei com a gana de ver a paisana que espera por mim

    Já vejo a hora de encontrar minha linda e dizer que trago entalado na goela
    A felicidade que tanto preciso achei no sorriso que deus deu pra ela

    Que lindo seria se um dia eu pudesse te erguer na garupa do meu zaino bueno
    Talvez me perdesse no toque dos dedos campiando os segredos de um corpo moreno

    Mas numa volteada te levo comigo pro posto do fundo da estância da barra
    Pra ser minha dona e cuidar um ranchinho e de um pichonzinho que herdará minhas garras
    Na boca da noite


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