Et Je Vais

A Jornada de Liberdade e Autodescoberta em 'Et Je Vais'

A música 'Et Je Vais' de Charles Aznavour é uma ode à liberdade e à busca incessante por um sentido mais profundo na vida. Aznavour, um dos maiores nomes da música francesa, utiliza sua letra para explorar a insatisfação com a rotina e a previsibilidade da vida convencional. Ele rejeita a 'douillette vie des couples désunis' (vida confortável dos casais desunidos) e a 'joie préfabriquée d'un bonheur de routine' (alegria pré-fabricada de uma felicidade rotineira), preferindo a incerteza e a liberdade de uma vida sem amarras.

A letra é rica em metáforas que ilustram a jornada do eu-lírico. Ele se descreve como um 'roi sans royaume' (rei sem reino), cujo reino é a própria vida. A imagem de um homem que 'mène d'un pas léger cette vie vagabonde' (leva com passos leves essa vida vagabunda) sugere uma existência despreocupada, em harmonia com a natureza e livre das convenções sociais. A liberdade é simbolizada pela capacidade de 'jouer à saute coeur de la blonde à la brune' (brincar de pular de coração em coração, da loira à morena), indicando uma vida de amores efêmeros e sem compromissos.

Aznavour também aborda a ideia de autodescoberta e a busca por um propósito verdadeiro. Ele fala sobre 'donner à mes jours une vraie raison d'être' (dar aos meus dias uma verdadeira razão de ser) e 'bannir à jamais de mon coeur les peut-être' (banir para sempre do meu coração os talvez). A música culmina com a aceitação de que, um dia, ele encontrará a paz consigo mesmo, 'signerai la trêve' (assinarei a trégua) com seus sonhos e memórias. 'Et Je Vais' é, portanto, uma reflexão profunda sobre a liberdade, a busca por autenticidade e a rejeição das limitações impostas pela sociedade.