
Palpebrite
Cólera
Realidade marginalizada e crítica social em “Palpebrite”
O título “Palpebrite”, escolhido pela banda Cólera, carrega um simbolismo direto: a inflamação das pálpebras representa não só o sofrimento físico, mas também a dificuldade de enxergar ou enfrentar a dura realidade social. Essa metáfora se reflete na letra, que expõe de forma clara a miséria e a degradação vividas pelas classes marginalizadas. Trechos como “Pão-de-pedra como refeição” e “Veias de esgoto” ilustram a precariedade das condições de vida e a ausência do mínimo necessário para sobreviver.
A repetição de frases como “cérebro torto” e “parafusos na cabeça” reforça o impacto psicológico e a alienação provocados por esse ambiente hostil. O verso “Pra os ratos vai sobrar” evidencia o abandono social, mostrando que até o pouco que resta é descartado, destinado ao lixo ou aos animais, o que ressalta o descaso e a exclusão. Além disso, a menção a “comprimidos e seringas” aponta para doenças, vícios ou tentativas de escapar da realidade, completando o retrato sombrio criado pela banda. Dessa forma, “Palpebrite” utiliza imagens fortes e diretas para denunciar a insalubridade, a alienação e a invisibilidade das populações marginalizadas, temas centrais do punk brasileiro dos anos 80.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Cólera e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: