Soneto - XXIV (ou A Fonte Seca)
Contos de Joaquim
Eu entendo e convalesço com os medíocres
pois eu sei que o que fazem tem sentido,
não o álcool, mas o ser entorpecido
é frustrado pelo tom, a voz, o timbre...
Compactuo de seus medos, seus encantos
(sou medíocre, eu também, e sou à beça!)
Abro alas para a dor vir tão depressa,
que antes mesmo de eu notar, estou em prantos.
E tudo isso por bobagem, só besteira.
Sonhos torpes, de alguém que desistiu
do prazer, do amor, de ser sutil...
Pois o fato, a verdade verdadeira
é que o medíocre, é um pobre triste bêbado
que queria ser feliz, mas que tem medo...[...]
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