Soneto - XV (ou À Sofia)
Contos de Joaquim
Alegra-te ao ouvir os passarinhos,
dengosa ao pedir mais do sorvete.
Embora não possua o meu gene
teus gestos se ajeitam ao meu ninho.
Desenha, criatura dócil, infante
Revela na inocência, os meus medos.
Repousa puramente em meu leito
me faz sentir maior que um gigante.
Chegas-te e tudo então ficou mais belo
o teu riso, o teu jeito, o teu encanto
me fez querer ser mais - me fez ser elo...
e ao te ver deitar, assim - cochila...
cair em colo meu em sono santo,
quisera eu, (poder) chamar-te: - Filha.
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