The Moss

Imaginário lúdico e nonsense em “The Moss” de Cosmo Sheldrake

Em “The Moss”, Cosmo Sheldrake cria um universo onde o absurdo é celebrado, misturando lendas populares, imagens surreais e personagens de contos infantis. Logo no início, a música brinca com supostas verdades da natureza, como “the moss grows on the north side of the trees” (o musgo cresce no lado norte das árvores) e “the worms come out when it rains” (as minhocas saem quando chove). Em seguida, Sheldrake mergulha em histórias impossíveis, como “the rabbit in the moon” (o coelho na lua) e “the cow jumped over the planets riding on a spoon” (a vaca pulou sobre os planetas montada numa colher), evocando a tradição da literatura nonsense de autores como Edward Lear e Lewis Carroll.

A letra faz referência a personagens como “the old hunched woman who lived inside a shoe” (a velha corcunda que morava dentro de um sapato) e criaturas como “jabberwocky” e “quanglewangle”, conectando a música ao folclore britânico e à poesia nonsense. Ao repetir “nobody knew and nobody knows” (ninguém sabia e ninguém sabe) sobre como certos eventos absurdos aconteceram, Sheldrake sugere que nem tudo precisa de explicação racional, valorizando o mistério e o inesperado. A mistura de instrumentos folclóricos e eletrônicos reforça essa atmosfera de fantasia, tornando “The Moss” uma celebração da criatividade e do encantamento diante do inexplicável.