Terminales

Solidão e busca em "Terminales" de Cruzando El Charco

Em "Terminales", da banda Cruzando El Charco, a letra explora a sensação de perda e desencontro após o fim de um relacionamento. A repetição das palavras "terminais" e "capitais" destaca não só a busca por alguém que se foi, mas também o sentimento de estar perdido em meio à cidade. O protagonista percorre diferentes lugares, mas revela estar "preso en Buenos Aires, en el bar donde los dos" (preso em Buenos Aires, no bar onde os dois), mostrando que, apesar do movimento, o vazio da ausência é constante. O café esfriando na mesa simboliza o tempo que passa e a impossibilidade de reviver o passado, reforçando a saudade e a solidão.

A música constrói uma narrativa melancólica, onde gestos simples, como tomar um café ou beber vinho ao entardecer, tornam-se lembranças dolorosas da presença que não existe mais. O verso "Suelo ser un disfraz abandonado en la esquina" (Costumo ser uma fantasia abandonada na esquina) expressa a sensação de vazio e perda de identidade, enquanto "vos mi felicidad, esa que nunca termina" (você, minha felicidade, aquela que nunca termina) mostra o quanto a ex-parceira era fundamental para a felicidade do eu lírico. Segundo o vocalista Francisco Lago, "Terminales" tem uma energia especial e representa a trajetória da banda, o que explica seu destaque nos shows do Cruzando El Charco.