Making Circles

Ciclos de autossabotagem e crítica social em “Making Circles”

A música “Making Circles”, da banda Currents, aborda a sensação de estar preso em padrões repetitivos e a dificuldade de romper com ciclos de autossabotagem. Logo no início, versos como “Making circles in the dark to find we're clouded / We're lost” (“Fazendo círculos no escuro para perceber que estamos confusos / Estamos perdidos”) reforçam a busca frustrada por clareza, enquanto a metáfora dos círculos sugere movimento constante sem avanço real. O contexto do metalcore, conhecido por explorar conflitos internos e emoções intensas, aparece na atmosfera sombria da faixa, especialmente quando a letra fala sobre a tendência de “move on and forget” (“seguir em frente e esquecer”), mostrando como evitar enfrentar questões profundas só perpetua a insatisfação.

A música também critica forças externas e internas que mantêm as pessoas presas. Em “We're kneeling to the forces that made us powerless” (“Estamos ajoelhando diante das forças que nos tornaram impotentes”) e “Temporary lies told by temporary kings” (“Mentiras temporárias contadas por reis temporários”), Currents aponta tanto para pressões sociais quanto para limitações pessoais que restringem a autonomia. O trecho “blood-soaked lies under a branded cross” (“mentiras ensanguentadas sob uma cruz marcada”) pode ser visto como uma crítica a instituições ou crenças que perpetuam sofrimento sob o pretexto de autoridade moral. Já “We are slaves to our own laws, so much for the Fist of God” (“Somos escravos das nossas próprias leis, tanto faz o Punho de Deus”) reforça que, mesmo buscando respostas externas, acabamos presos às nossas próprias regras. No fim, a música sugere que romper esses ciclos exige coragem para encarar verdades desconfortáveis, em vez de simplesmente esquecer e seguir adiante.