
Preta
Daniela Mercury
Afirmação e ancestralidade negra em "Preta" de Daniela Mercury
Em "Preta", Daniela Mercury, em parceria com Seu Jorge, constrói uma homenagem à identidade negra que vai além do orgulho racial, destacando a importância da cultura afro-brasileira na formação da Bahia e do Brasil. A música une três composições e traz versos como “Basta olhar pra mim pra ver porque é que a lua brilha / Basta olhar pra mim pra ver que eu sou preta da Bahia”, que relacionam a ancestralidade negra à força, beleza e vitalidade. Elementos como “meu sangue o dendê se misturou” e “Vim de Pirajá tocando pra Oxalá” fazem referência direta à cultura baiana e às religiões de matriz africana, especialmente o candomblé, reforçando o sentimento de pertencimento e resistência histórica.
A letra também aborda questões sociais, como o racismo estrutural e a desigualdade, em trechos como “Negro sem emprego / Fica sem sossego” e “Tudo começou com a tal de escravidão / Aonde todo sacrifício era nas costas do negão”. Apesar das dificuldades, a música traz uma mensagem de esperança e transformação: “Tá tudo mudado, todo preto tá ligado / Vem vindo um futuro melhor, considerado”. O refrão “Negro é a raiz da liberdade” resume o tom afirmativo da canção, ressaltando o papel central da população negra na luta por direitos e na construção da sociedade brasileira. As menções a blocos afros como Ilê Aiyê e Cortejo Afro reforçam o orgulho das tradições e a importância da coletividade na afirmação da identidade negra.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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