
Quem Vai Segurar o Céu? (Omama Në Xataka Niyama / Metade Funda, Metade Vinda / Filho da Amazônia) (part. Gabriel Mercury, Ehuana Yaira Yanomami, Davi Kopenawa Yanomami e Jeane Terra)
Daniela Mercury
Omama në ë ë
Omama në
Omama në ë ë
Omama në
Xaraká kiki niama ë ë
Omama në ë
Omama në ë ë
Nosso povo yanomami é guerreiro, corajoso
Para segurar a queda do céu
Metade finda, metade vinda
Partida
Metade finda, metade vinda
Saudade
Agora é tarde, não há surpresa
Não me espere
Não ponha a mesa
Não tenho fome
Adormeça
Não vou chegar
Metade finda, metade vinda
Tristeza
Metade finda, metade vinda
Viagem
O tempo arde
Não há certeza
Não me espere
Não ponha a mesa
Tem um brinquedo na correnteza
Não vou voltar
A casa é carne
Morrem paredes que choram
As águas levam
As águas lavam
E apagam
Choram cidades
Cobrem florestas
A lama invade aquela sala
Que a terra pinta
Pele de tinta
Dos olhos dela
Perfume da floresta é flor
Sem flor a árvore não tem cheiro
Tem que ter a árvore e a flor
Sem a árvore, sem a folha, sem a flor
Não tem perfume
Sem o cheiro gostoso
Ninguém vai sentir com saudade
Metade finda, metade vinda
Partida
Metade finda, metade vinda
Saudade
Agora é tarde, não há surpresa
Não me espere
Não ponha a mesa
Não tenho fome
Adormeça
Não vou chegar
Metade finda, metade vinda
Tristeza
Metade finda, metade vinda
Viagem
O tempo arde
Não há certeza
Não me espere
Não ponha a mesa
Tem um brinquedo na correnteza
Não vou voltar
A casa é carne
Morrem paredes que choram
As águas levam
As águas lavam
E apagam
Choram cidades
Correm florestas
A lama invade aquela sala
Que a terra pinta
Pele de tinta
Dos olhos dela
A casa é carne
Morrem paredes que choram
As águas levam
As águas lavam
E apagam
Choram cidades
Cobrem florestas
A lama invade aquela sala
Que a terra pinta
Pele de tinta
Dos olhos dela
O povo da mercadoria que mora na cidade
Continua destruindo a nossa terra mãe
Destrói!
Com máquinas pesadas, ele está rasgando a pele da terra
Rasgando
Fazendo um buraco
Para poder tirar um pequeno
Um pouco minério
Vocês chamam minério
Xapiri yamakɨ maprario tëhë, ɨhɨ tëhë floresta a riã xiro mapru
Se nós, xamãs, deixarmos de existir, a floresta também irá acabar
Napëpënë iximaɨ he tëhë, a riã komi ĩxi
Se os brancos queimarem a floresta, todo o resto irá pegar fogo
Yanomae yamakɨ mão tëhë, ya hetatoproimi ɨnaha urihi anë utupë xapiri kuu
A imagem do espírito da floresta nos diz: Se não existirem os yanomami, não terá mais floresta
Hutumosi keario tëhë, witi piinë mosi huëpopë tha?
Se o céu cair, quem irá segurá—lo?
Eu sou filho da Amazônia
O meu povo que nasceu das montanhas
Onde nasceu grandes saberes humanos
Então eu queria colocar a minha fala
Dentro do seu coração
A beleza da floresta
Ele preserva o pulmão



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