To Be a Man (Remix) (feat. Darius Rucker)

Reflexão sobre masculinidade em "To Be a Man (Remix) (feat. Darius Rucker)"

"To Be a Man (Remix) (feat. Darius Rucker)", de Dax, aborda de forma direta o peso emocional que muitos homens enfrentam ao longo da vida, especialmente a pressão para esconder sentimentos e assumir o papel de provedor. A letra destaca como esse comportamento é transmitido de geração em geração, como no trecho: “our fathers' actions play a role and we end up like him / So they can't let us see them hurt / 'Cause we'll embody what they do and start a generational curse” (as ações dos nossos pais têm um papel e acabamos como eles / Então eles não deixam a gente ver quando estão machucados / Porque vamos imitar o que eles fazem e começar uma maldição geracional). Dax e Darius Rucker mostram que a dificuldade masculina em demonstrar vulnerabilidade não é apenas individual, mas um padrão herdado, criando um ciclo de silêncio e sofrimento.

A música se baseia nas experiências pessoais de Dax, que transforma quase trinta anos de vivências em versos que soam como um desabafo coletivo. Frases como “It's not 'bout how you feel / But what you provide inside that home” (Não é sobre como você se sente / Mas sobre o que você oferece dentro de casa) reforçam a cobrança social para que o valor do homem seja medido pelo que ele provê, não por suas emoções. O verso “You might find yourself feelin' all alone / Inside a house you built that you don't recognize as home” (Você pode se sentir completamente sozinho / Dentro de uma casa que construiu, mas não reconhece como lar) ilustra a alienação que pode surgir desse modelo. A participação de Darius Rucker, com elementos do country, amplia o alcance da mensagem, mostrando que essa realidade atravessa diferentes culturas. A canção também aborda as consequências desse padrão, como solidão, depressão e a luta silenciosa contra problemas de saúde mental, sugerindo que muitos homens “screamin' on the inside, but won't ever make a sound” (gritam por dentro, mas nunca emitem um som). O videoclipe reforça visualmente essa batalha interna e a importância de aceitar a própria identidade, convidando à reflexão sobre a necessidade de romper esse ciclo e acolher sentimentos e vulnerabilidades.