Sete Meninas

Tradição e celebração nordestina em “Sete Meninas”

Em “Sete Meninas”, Dominguinhos utiliza a expressão “sete meninas, sete fulô” para criar uma metáfora que vai além da simples contagem de dançarinas. Essa imagem pode remeter tanto aos sete dias da semana, sugerindo a espera e o ponto alto da festa no sábado, quanto às sete notas musicais, reforçando a ideia de harmonia e união coletiva. O destaque para as “umbigadas” — movimentos típicos do coco — evidencia a dança como elemento central de integração e alegria, aproximando as pessoas e celebrando a cultura nordestina.

A letra constrói um clima animado, marcado pela expectativa do sábado à noite, quando todos se reúnem na casa do Zé para dançar e se divertir. Maria, com seu “andar requebradinho”, é apresentada como símbolo de beleza e charme, despertando admiração e até ciúme nos presentes. O refrão, com a repetição de “biga biga bigô”, transmite a energia contagiante do forró e do coco, enquanto versos como “Mexe nega no capricho bota os cabra pra roer” reforçam o ambiente descontraído e a dança como espaço de liberdade e expressão. Assim, Dominguinhos presta homenagem à mulher nordestina, à força das tradições populares e à alegria compartilhada nas festas comunitárias.