Going Bad (feat. Meek Mill)

Reconciliação e poder no rap em “Going Bad (feat. Meek Mill)”

“Going Bad (feat. Meek Mill)” marca a reconciliação entre Meek Mill e Drake, dois nomes que protagonizaram uma rivalidade pública no passado. A colaboração dos dois artistas, evidenciada em versos como “Me and Drizzy back-to-back, it's gettin' scary” (“Eu e Drizzy juntos de novo, está ficando assustador”), transforma a faixa em um símbolo de maturidade e domínio no rap. O tom confiante e provocador aparece em referências ao luxo, como “I just, uh, put a Richard on the card” (Acabei de colocar um Richard [Mille] no cartão), mostrando ostentação e poder financeiro. Mesmo cercados de adversários e inveja, ambos mantêm uma postura desafiadora, reforçando a ideia de que continuam “going bad” – ou seja, seguindo firmes e vitoriosos apesar das dificuldades.

A letra traz ainda diversas referências culturais para exaltar o status dos rappers. Drake se compara a Don Corleone, personagem de “O Poderoso Chefão”, reforçando sua posição de liderança e respeito. O videoclipe, com estética inspirada na máfia, amplia essa imagem de exclusividade e poder. Meek Mill faz menção a “put some bands all on your head like Jason Terry” (“colocar dinheiro na sua cabeça como Jason Terry”), misturando o universo do basquete com apostas e ameaças, além de brincar com o duplo sentido de “ball” (jogar/ostentar). A ostentação aparece de forma casual, como em “It's just a lil' 10-piece for her / Just to blow it in the mall, doesn't mean that we're involved” (“É só um trocado pra ela / Só pra gastar no shopping, não quer dizer que estamos juntos”), mostrando que grandes quantias de dinheiro são gestos triviais para eles. Assim, a música celebra não só riqueza e sucesso, mas também a superação de conflitos e a reafirmação de poder no cenário do rap.