
A mema praça (part. Rashid e Projota)
Emicida
Violência policial e resistência em “A mema praça (part. Rashid e Projota)”
“A mema praça (part. Rashid e Projota)”, de Emicida, retrata de forma direta o impacto da violência policial durante um show dos Racionais MC's na Praça da Sé, em 2007. A música narra como um momento de celebração do rap e da cultura negra foi interrompido por repressão, transformando o espaço em um cenário de medo. Os rappers, que estavam na plateia, relatam a experiência coletiva de serem alvos da polícia, mostrando que a violência faz parte do cotidiano de jovens periféricos. O verso “Favela mal pegou no lápis, polícia desce a borracha” resume a crítica à falta de oportunidades e ao tratamento hostil do Estado.
O contexto histórico do show é fundamental para entender a letra. Emicida destaca a frustração de quem buscava inspiração e encontrou violência: “Fui pra ver quatro gênios, ganhei lacrimogêneo”. A referência a “30 mil George Floyd em potencial” conecta o episódio à luta global contra o racismo estrutural e a brutalidade policial, enquanto “A praça da Sé virou Minnesota” compara o ocorrido em São Paulo ao assassinato de George Floyd nos EUA. Menções ao “corredor Polaco” e ao “pau de arara” evocam práticas históricas de tortura, mostrando a repetição do ciclo de opressão. Apesar do sofrimento, a música também celebra a resistência: o retorno do rap ao centro de São Paulo é visto como vitória, e o verso final, “Mas demorou, porque até Jesus chorou naquela praça”, reforça o peso simbólico do local e da experiência vivida.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Emicida e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: