
Acabou, mas tem...
Emicida
Reflexão sobre recomeços e afetos em "Acabou, mas tem..."
Em "Acabou, mas tem...", Emicida encerra o ciclo do álbum "AmarElo" explorando a ideia de que todo fim carrega em si a semente de um novo começo. O título já aponta para essa dualidade: algo termina, mas deixa marcas, memórias e afetos que continuam presentes. Essa perspectiva aparece em versos como “Tô zen na medida do impossível” e “Lá fora o mundo não ajuda / Por isso é que eu só quero ficar bem com você”, nos quais Emicida contrapõe as dificuldades do mundo externo à importância das relações pessoais. Ele destaca que, mesmo diante de adversidades, o afeto e a presença do outro funcionam como abrigo e fonte de bem-estar.
A música também traz críticas sociais e reflexões existenciais. Em “Como um país inteiro consegue assim se fingir de vivo?”, Emicida questiona a apatia diante do sofrimento coletivo. O verso “O rico mira Marte, acerta a morte / Estanca a arte, seca o pote todo” denuncia a desigualdade social e a alienação das elites. Já “Choveu água suja no coração do Brasil / Todo mundo viu / Ficou noite três da tarde, tio” faz referência a tragédias ambientais recentes, conectando o contexto social ao sentimento de desalento individual. No final, o convite para “beliscar o próprio braço” sugere a necessidade de manter a sensibilidade e a esperança, mesmo diante do cansaço. Assim, Emicida propõe uma renovação que preserva a essência, alinhando-se à proposta do "neo samba" presente em sua obra.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Emicida e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: