Triple Lavada (remix) (part. Luis R Conriquez, Óscar Maydon, Alemán y Victor Mendivil)

Ostentação e ilegalidade em “Triple Lavada (remix)”

O título “Triple Lavada (remix) (part. Luis R Conriquez, Óscar Maydon, Alemán y Victor Mendivil)” de Esau Ortiz já indica o tom da música: “triple lavada” é uma gíria do narcotráfico para drogas de alta pureza, mas também simboliza ostentação e status. Logo nos primeiros versos, os artistas destacam o consumo de substâncias refinadas e bebidas caras, como em “una triple lavada pa' loquear” e “un whiskey del año de tu papá”, reforçando o ambiente de luxo e excessos que permeia a canção.

A letra mistura elementos do regional mexicano com o hip-hop para narrar uma vida marcada por ilegalidade, festas, mulheres e riqueza rápida. Expressões como “arriba de la Cheyenne, cuadros van y cuadros vienen” e “moviendo el encargo en los carros del año” fazem referência direta ao tráfico e à movimentação de mercadorias ilícitas. Já versos como “si me ven festejando, es porque ya vendí la merca” deixam claro o envolvimento com o crime. O tom desafiador aparece em frases como “si saben cómo soy, ¿pa' qué me invitan?”, mostrando orgulho em viver à margem da lei.

A música também exibe o poder dos personagens por meio de marcas de luxo, armas personalizadas e festas com mulheres e artistas. O remix, ao reunir diferentes vozes, amplia a atmosfera de ostentação e perigo, além de homenagear o passado musical ao se inspirar em “Fly, Robin, Fly”. Assim, “Triple Lavada (remix)” retrata de forma direta um estilo de vida onde adrenalina, dinheiro e ilegalidade se misturam, sem esconder os riscos e a autossuficiência de quem faz essa escolha.