Ama, ama, ama y ensancha el alma

Liberdade e autenticidade em “Ama, ama, ama y ensancha el alma”

Em “Ama, ama, ama y ensancha el alma”, do Extremoduro, a letra escrita por Manolo Chinato faz uma crítica direta à rigidez das normas sociais. Ao comparar a vida convencional a um “camino social alquitranado” (caminho asfaltado), a música sugere que seguir esse caminho nos prende, como se nossas “pezuñas” (casco dos animais) ficassem grudadas, impedindo o crescimento pessoal e a liberdade. O refrão “Ama, ama, ama y ensancha el alma” resume a mensagem central: o amor é o que realmente expande a alma e permite uma vida mais autêntica e plena.

A canção rejeita abertamente os valores tradicionais de sucesso material e status, como mostra o verso “Me educaron para hombre adinerado / Pero, ahora, prefiero ser un indio / Que un importante abogado” (“Fui educado para ser um homem rico / Mas, agora, prefiro ser um índio / Do que um advogado importante”). Aqui, o “índio” representa uma vida mais livre e conectada à natureza, enquanto o “advogado importante” simboliza o conformismo e a busca por reconhecimento externo. O convite para “abrid los brazos, la mente y repartíos” (“abram os braços, a mente e se compartilhem”) reforça a ideia de abertura, solidariedade e partilha, em oposição ao “odio y la avaricia” (“ódio e avareza”) ensinados socialmente. Assim, a música se destaca como um manifesto pela liberdade individual, pelo amor universal e pela recusa em aceitar padrões que limitam a verdadeira felicidade.