
12 De Outubro
Facção Central
Contraste social e infância negada em “12 De Outubro”
A música “12 De Outubro”, do Facção Central, faz uma crítica direta ao contraste entre o Dia das Crianças, comemorado no Brasil, e a dura realidade das crianças das periferias. A letra mostra como, para muitos, a data não traz presentes, festas ou qualquer sinal de infância. O trecho “Cadê o meu presente, o meu abraço? / A bicicleta que eu sonhei não vem com o laço” revela a frustração e o sentimento de exclusão dessas crianças, enquanto a repetição de “Hoje é dia das crianças, e daí? / Quem vê sangue não tem motivo pra sorrir” reforça que a violência e a miséria impedem qualquer celebração ou inocência.
A música também critica a falta de oportunidades e a influência do tráfico, que se torna referência de sucesso para os jovens, como em “Meus exemplos de vitória estão todos na esquina / De Tempra, de Golf, vendendo cocaína”. Além disso, denuncia a negligência do Estado e a marginalização, como em “O Brasil não me respeita, quer me ver morrer / Quer um preso a mais, por quê que eu fui nascer”. O tom revoltado e direto da letra transmite tristeza e indignação, mostrando que, para muitos, a infância é substituída cedo pela luta pela sobrevivência. A ironia aparece em versos como “Feliz dia das crianças, é 12 de outubro / Põe um brinquedo, em cima do meu túmulo”, escancarando a falta de perspectivas e a naturalização da morte e do crime no cotidiano dessas crianças.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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