A Cara do Crime 3 (Brinde À Liberdade) (part. MC Poze do Rodo, Bielzin e Orochi)

Superação e orgulho em “A Cara do Crime 3 (Brinde À Liberdade)”

"A Cara do Crime 3 (Brinde À Liberdade)", de Filipe Ret com MC Poze do Rodo, Bielzin e Orochi, aborda o preconceito enfrentado por quem vem da favela e desafia os estereótipos ligados à origem humilde. O verso “Difícil pra eles ver um favelado rico” evidencia o incômodo social diante do sucesso de quem veio de baixo. A repetição do brinde à liberdade reforça a celebração não só da superação da pobreza, mas também da conquista de respeito e autonomia. O projeto da Mainstreet Records, citado no contexto da música, tem como objetivo mostrar que, apesar da “cara do crime” atribuída pela sociedade, os artistas têm orgulho de suas origens e enxergam um futuro promissor, como mostram versos como “Nós é relíquia / Sabe que o trem caro tá na pista / Favelado e chique tá na mídia”.

A letra mistura ostentação – carros de luxo, joias, marcas caras – com a valorização da fé e da lealdade, como em “Fé, fé em Deus, nada me abala” e “Lealdade aos parceiro / Não esqueço da minha raiz”. Isso demonstra que, mesmo com o sucesso, os valores da favela e a conexão com a comunidade permanecem centrais. O duplo sentido em “fazendo dinheiro com as palavra, bandido magnata” mostra tanto o passado difícil quanto o rap como ferramenta de ascensão. O refrão “Um brinde à liberdade de todos os irmão” vai além da liberdade física, simbolizando a quebra de preconceitos e limitações sociais. Assim, a música se torna um hino de superação, orgulho e resistência para quem conquistou seu espaço vindo de baixo.