Eu Não Sou Tão Bom Assim (part. Delacruz e Djonga)

Reflexões sobre imperfeição e autenticidade em “Eu Não Sou Tão Bom Assim”

Em “Eu Não Sou Tão Bom Assim (part. Delacruz e Djonga)”, Filipe Ret traz uma abordagem honesta sobre suas próprias limitações, deixando claro no refrão que não espera perfeição nem de si mesmo, nem dos outros. Essa autocrítica se conecta ao título da música e ao contexto do EP “Novos Deuses”, onde os artistas exploram a tensão entre o sucesso, a imagem pública e as vulnerabilidades pessoais. O videoclipe, gravado em Mykonos, utiliza o contraste entre o cenário luxuoso e as confissões de insegurança para mostrar que, mesmo cercados de fama e riqueza, as questões emocionais continuam presentes.

A letra mistura momentos de intimidade com reflexões sobre lealdade, desejo e liberdade. Em versos como “Disse que me quer do jeito que eu puder / E eu quero ela, de preferência sem roupa / Laranja é bom sem casca, o que tá dentro importa”, os artistas valorizam a essência e a entrega verdadeira nos relacionamentos, indo além das aparências. As referências à mitologia grega, como “Olha nós fudendo o mundo pique Zeus e Hera” e “Derrubei titãs, porra, eu sou seu Deus da guerra”, reforçam o conceito do EP e mostram que, mesmo se sentindo poderosos, eles reconhecem suas falhas e a importância da aceitação mútua. O refrão repetido, “eu não sou tão bom assim, mas tudo bem”, resume a mensagem principal: buscar autenticidade e compreensão nas relações, mesmo diante das imperfeições.