Maconha (part. Marcelo D2)

Crítica social e ativismo em "Maconha (part. Marcelo D2)"

"Maconha (part. Marcelo D2)", de Filipe Ret, combina um tom descontraído com críticas sociais claras, especialmente ao abordar a hipocrisia e a ganância política em torno da criminalização da maconha. Quando Filipe Ret afirma: “Ganancia sem fim deixou o povo revoltado / A casa caiu, tu se fudeu, seu deputado”, ele expressa o descontentamento com políticos que lucram ou se beneficiam da proibição, enquanto a população sofre as consequências. Tanto Ret quanto Marcelo D2 são conhecidos defensores da legalização e usam a música para questionar a criminalização, trazendo experiências pessoais, como o episódio em que Ret foi levado à delegacia por porte da substância.

A letra também destaca a cultura da maconha e a busca por liberdade individual, como em “Pelas asas do céu eu vou me libertar” e “Eu já falei e repito: Legalize já!”. Marcelo D2, com seu histórico de ativismo desde o Planet Hemp, reforça a ideia de resistência e orgulho ao citar diferentes tipos de maconha e práticas de cultivo, como “home grow” e “do Colombia”, mostrando conhecimento e legitimidade no tema. O refrão repetitivo “Fumem maconha / Que mal tem maconha?” funciona como provocação e convite à reflexão, desafiando o estigma social e legal que envolve a substância no Brasil. Assim, a música se apresenta como um manifesto leve, mas direto, pela legalização e contra a criminalização, usando linguagem acessível e humor para ampliar o debate.