Não Desista Agora (part. Marcelo Falcão)

Resistência e inspiração em “Não Desista Agora” de Filipe Ret

Em “Não Desista Agora (part. Marcelo Falcão)”, Filipe Ret e Marcelo Falcão unem rap e reggae para expressar uma forte crítica ao sistema e às estruturas de poder. Versos como “O sistema, um câncer gigante / O estado é um rei gordo, arrogante e velho” deixam clara a insatisfação dos artistas com a forma como o Estado impacta negativamente a vida das pessoas comuns. A música destaca a importância da resistência e da autonomia, reforçando a ideia de que não se deve depender apenas de políticas públicas, mas sim da própria força de vontade, como aconselhado pela mãe de Filipe Ret. Essa postura independente, sem alinhamento a lados políticos tradicionais, valoriza a busca por caminhos próprios diante das adversidades sociais.

A canção também faz referência a grandes nomes da música brasileira, como Belchior, Djavan e Elis Regina, para mostrar que a arte é fonte de inspiração e resiliência. O trecho “Ouvindo Belchior na voz de Elis, um hino / Tô pique Djavan em Flor de Liz fluindo” conecta a luta diária à tradição musical do país, que sempre abordou temas de superação e crítica social. Ao afirmar “Massa de manobra nunca, eu sou o próximo mundo”, Filipe Ret reforça o desejo de não ser manipulado pelo sistema, mas de construir uma nova realidade. O refrão, “Vem, seja luz apesar do agora / O caminho é a vitória / Meu bem, sua cruz é do tamanho da glória / Não desista agora”, resume a mensagem central: persistir e manter a esperança mesmo em tempos difíceis.