My Mistake

Vulnerabilidade e aceitação pessoal em "My Mistake"

Em "My Mistake", Gabrielle Aplin expõe de forma direta suas inseguranças e falhas, transformando a autocrítica em um processo de aceitação pessoal. A honestidade da música aparece logo no trecho “I’m a loser / Getting beat by my own game / But if I falter / Well, at least it was my mistake” (“Sou uma perdedora / Sendo derrotada pelo meu próprio jogo / Mas se eu vacilar / Bem, pelo menos foi meu erro”), onde Aplin assume a responsabilidade por seus tropeços e encontra certo alívio no fato de que suas falhas são escolhas próprias, não consequências impostas por outros. A própria artista já afirmou que escreveu a canção como um conforto para si mesma, reconhecendo que não está bem e aceitando isso como parte do autoconhecimento.

A letra também aborda sentimentos de isolamento e ansiedade, como em “I’m talking to the walls / But the walls keep caving in / They amplify my thoughts” (“Estou falando com as paredes / Mas as paredes continuam desabando / Elas amplificam meus pensamentos”), mostrando a dificuldade de lidar com pensamentos negativos e de se abrir, mesmo quando há apoio. O verso “There’s magic in this misery / So no matter what you say / I don’t think I’ll ever change” (“Há magia nessa miséria / Então, não importa o que você diga / Acho que nunca vou mudar”) revela uma relação complexa com o próprio sofrimento, quase como se houvesse um certo conforto em permanecer nesse estado. A escolha de uma instrumentação simples, centrada no piano, reforça o tom introspectivo e destaca a vulnerabilidade da letra, evidenciando a maturidade de Aplin ao tratar de temas como autoaceitação e saúde mental.