
Roçado
Galocantô
Memória afetiva e pertencimento em “Roçado”, do Galocantô
Em “Roçado”, do Galocantô, a palavra “sede” vira desejo coletivo de festa, afeto e pertencimento. O título tem duplo sentido: é a terra da roça e a celebração que a ocupa. A cena se abre pela falta — “a fonte secou” — e há que “fechar terreiro” (o pátio da roça). Mas o dia nasce, José promete chegar primeiro e a roda reacende. Ele quer beber “na coite, na cuia, cabaça, cumbuca”, utensílios de couro, cabaça ou barro comuns no interior, e sobretudo da “moringa da tia”, pote de barro que guarda água fresca e simboliza hospitalidade.
Quando a letra afirma “o povo de longe que vem quer matar a sede” e “Tia sabe matar”, a água vira metáfora de encontro, música, cachaça e acolhida. O clima é de lembrança boa e sossego, com “tempo bom que a gente deitava na rede” e “Depois uma boa cachaça”, enquanto a comunidade gira no compasso do dia que raiou e da noite que chega. A festa aparece em detalhes: fogueira acesa e mesa farta com “canjica”, “abará”, “pipoca, pinhão e bolo de fubá”. Ao listar comidas, utensílios e rituais, o Galocantô — grupo carioca que celebra as raízes do samba e da cultura popular — faz um samba de memória afetiva: trabalho e, sobretudo, festa, onde água e cachaça matam a sede de convivência.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Galocantô e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: