
Domingo No Parque
Gilberto Gil
Contraste e tragédia cotidiana em "Domingo No Parque"
Em "Domingo No Parque", Gilberto Gil constrói uma narrativa que mistura elementos lúdicos e trágicos para retratar um crime passional no coração do cotidiano brasileiro. O parque de diversões, com a roda gigante e o sorvete de morango, serve de cenário para a história de José, João e Juliana. Esses personagens, inspirados na tradição de Dorival Caymmi de criar figuras típicas do povo, aproximam a canção do universo popular e oral, como se fosse uma história contada na rua ou na feira. A repetição dos nomes e a linguagem direta reforçam essa sensação de proximidade e realismo.
A trama gira em torno do ciúme de José ao ver Juliana, seu grande amor, com João. Os símbolos do "espinho da rosa" e do sorvete vermelho antecipam o desfecho violento, sugerindo o sangue do crime. A palavra "girando" aparece várias vezes, remetendo tanto à roda gigante quanto ao turbilhão de emoções que leva ao ato impulsivo: "Olha a faca! Olha o sangue na mão". O desfecho, ao afirmar que "amanhã não tem feira" nem "construção", mostra como a tragédia pessoal interrompe a rotina da comunidade. Ao unir referências da cultura popular com arranjos inovadores do tropicalismo, Gilberto Gil propõe uma renovação da música brasileira, mantendo suas raízes e dialogando com temas universais.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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