Dunque Io Son

O Jogo do Amor em 'Dunque Io Son' de Rossini

A ária 'Dunque Io Son' faz parte da ópera 'O Barbeiro de Sevilha', composta por Gioacchino Antonio Rossini. Nesta cena, Rosina e Figaro discutem sobre os sentimentos de Rosina por Lindoro, que na verdade é o Conde Almaviva disfarçado. A música é um exemplo clássico do estilo operístico de Rossini, cheio de vivacidade, humor e complexidade emocional.

Rosina, ao descobrir que é a 'fortunata' mencionada por Figaro, expressa sua alegria e alívio. Ela já suspeitava dos sentimentos de Lindoro, mas ouvir isso de Figaro confirma suas esperanças. A repetição de 'Dunque io son' ('Então sou eu') enfatiza sua surpresa e felicidade. Figaro, por outro lado, elogia a astúcia de Rosina, chamando-a de 'volpe sopraffina' ('raposa astuta'), mas também se posiciona como alguém que pode lidar com sua esperteza.

A interação entre Rosina e Figaro é cheia de humor e malícia. Figaro sugere que Rosina escreva um bilhete para Lindoro, mas ela hesita, sentindo vergonha. No entanto, quando Figaro descobre que ela já tinha um bilhete pronto, ele a chama de 'bestia' de forma carinhosa, reconhecendo sua inteligência e preparação. A música termina com ambos refletindo sobre a complexidade do amor e das mulheres, com Figaro se perguntando como alguém pode entender as mulheres ('Donne, donne, eterni Dei, chi vi arriva a indovinar?') e Rosina reafirmando que só o amor pode consolá-la.

'Dunque Io Son' é uma celebração do amor jovem e da astúcia feminina, envolta em uma melodia cativante e espirituosa. A peça destaca a habilidade de Rossini em combinar humor, emoção e complexidade em suas composições, criando uma experiência operística rica e envolvente.