Gameleira Branca
Gloria Bomfim
É de Xoroquê a porteira de entrada de Olorum de Dê
É de Xorocô a madeira sagrada de Xangô
Pra quem tem licença a porteira do mundo nunca tranca
Pra quem tem a bença do dono da gameleira branca
Bate na porteira, pará vai abrir
Põe na gameleira, coral e cauri
Já deu na peneira de mãe Maceline e pai Aurélio
É cajá de espada, ninguém passa ali
Essa é a minha estrada
Eu sei porque eu que vi
Que ela foi riscada na árvore do Xangô mais velho
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