Sultão do Mato

Sultão do Mato

Sultão do Mato

Minha guia é de conta vermelhaMinha guia é de conta encarnada
De búzio da praia, de conchinha azulDe búzio da costa, de conchinha azul
No pescoço ela dá sete voltasNo pescoço ela dá sete voltas
E traz pendurado o Cruzeiro do SulE traz pendurado o Cruzeiro do Sul

Eu não sei que santo é esse, meu irmãoEu não sei que santo é esse, meu mano
Mas no dia que eu souber, eu não contoMas o dia que eu souber eu não conto
Ele tem na mão direita um lequeEle tem na mão direita um abano
E na esquerda o seu bastão de confrontoE na esquerda o seu bastão de confronto

Quando desce é pra dar uma liçãoQuando desce é pra açoitar desengano
Na batida do adjá chega firmeNa batida do adjá chega pronto
Ele é meio índio, meio africanoEle é meio índio, meio africano
Irmão, vem que eu vou puxar o seu pontoMano vem que eu vou puxar o seu ponto

Minha guia é de conta vermelhaMinha guia é de conta encarnada
De búzio da praia, de conchinha azulDe búzio da costa, de conchinha azul
No pescoço ela dá sete voltasNo pescoço ela dá sete voltas
E traz pendurado o Cruzeiro do SulE traz pendurado o Cruzeiro do Sul

É de palha, é de pena, é de panoÉ de palha, é de pena, é de pano
O seu traje de sultão com XavanteO seu traje de sultão com Xavante
No turbante, no cocar soberanoNo turbante, no cocar soberano
Brilha a estrela de um metal flamejanteBrilha a estrela de um metal flamejante

Veste com força de terra e oceanoVeste com força de terra e oceano
Esse santo, irmão, é quem me garanteEsse santo, mano, é que me garante
Bate logo o toque dele, meu irmãoBate logo o toque dele meu mano
Anda que ele tá querendo que eu canteAnda que ele está querendo que eu cante

Minha guia é de conta vermelhaMinha guia é de conta encarnada
De búzio da praia, de conchinha azulDe búzio da costa, de conchinha azul
No pescoço ela dá sete voltasNo pescoço ela dá sete voltas
E traz pendurado o Cruzeiro do SulE traz pendurado o Cruzeiro do Sul