There Are Worse Things I Could Do

Vulnerabilidade e força feminina em “There Are Worse Things I Could Do”

A música “There Are Worse Things I Could Do”, do musical Grease, retrata o conflito interno de Rizzo diante do julgamento social e dos estereótipos impostos às mulheres nos anos 1950. Logo no início, ao dizer “There are worse things I could do / Than go with a boy or two” (“Existem coisas piores que eu poderia fazer / Do que sair com um ou dois garotos”), Rizzo desafia a ideia de que sua liberdade sexual a define negativamente. Ela demonstra consciência do que pensam dela, mas questiona se isso realmente a torna uma pessoa ruim. O contexto histórico reforça esse embate: mulheres que não seguiam padrões tradicionais eram rapidamente rotuladas e marginalizadas, mas a letra mostra que Rizzo enxerga nuances em suas escolhas e não se resume ao que dizem sobre ela.

A canção também revela a vulnerabilidade de Rizzo, especialmente quando admite que sente e chora, algo que esconde para não parecer fraca. No trecho “I don't steal and I don't lie, but I can feel and I can cry / A fact I'll bet you never knew” (“Eu não roubo e não minto, mas posso sentir e posso chorar / Um fato que aposto que você nunca soube”), ela mostra que, apesar da aparência durona, tem emoções profundas e sofre com o preconceito. O verso final, “But to cry in front of you / That's the worst thing I could do” (“Mas chorar na sua frente / Isso é a pior coisa que eu poderia fazer”), revela que, para ela, demonstrar fragilidade é mais difícil do que qualquer comportamento pelo qual é julgada. Assim, a música aborda não só a reputação, mas também a dificuldade de ser autêntica em um ambiente hostil e a coragem de assumir sentimentos, mesmo contrariando expectativas sociais.