Suja Campo
Gustavo Teixeira
Bronzeada a tarde de março
Fico figurando entre o pasto
Mormaço de verão
Lá estava indesejado
Um ser de braço espinhado
Com a força no pendão
É esse semblante feio
Ninguém lhe cruza no meio
Pois na ponta se defende
É peleador com seu jeito
Se não lhe cortam direito
Ele brota novamente
O chamam de suja campo
Mas mostra seu leve encanto
No ladeirão de invernada
Mesmo com corpo espinhento
Traz a beleza no centro
Em suas flores bem coradas
Tem ares de ser discreto
Mas ninguém o quer ter por perto
Por ser aquilo que é
Só o sangue frio da cruzeira
Bufas de casirineheira
Igualmente ao jacaré
Morre com a terra bocada
Na precisão da enxada
Que lhe cortou sem sangrar
Com um talho no pendão
Vai findar seco no chão
O sujo caraguatá
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