Embriagado
Henry Burnett
Embriagado
vejo a beleza sentar do meu lado
a imagem não tem a clareza dos sete sábios
decerto são miragens que foram, no passado.
Ventos helenos conduzem o jovem bardo
o poeta lírico inunda seu entreato
a cena heróica em teu palco aberto.
Embriagado
musas me roubam a música, o verso raro
o gênio compõe o último tema arcaico
o 5º ato encerra a comédia: aplauso.
Mitos inundam a terra dos desgraçados
somos o resto do tempo recuperado
viramos cinza após a tragédia.
Berlim/Campinas, dezembro/janeiro, 2003-4.
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