Day of the Dead

Conflito interno e crítica social em “Day of the Dead”

“Day of the Dead”, da Hollywood Undead, utiliza a imagem do Dia dos Mortos para explorar o confronto com o lado sombrio da própria personalidade, rejeitando a ideia de redenção. O refrão “Hold on, holy ghost / Go on, hold me close / Better run, here we come / It’s the day of the dead” (“Aguente firme, espírito santo / Venha, me abrace / É melhor correr, estamos chegando / É o dia dos mortos”) mistura referências religiosas com uma sensação de ameaça, sugerindo que não há proteção divina diante do caos iminente. O contraste entre “holy ghost” e a celebração do “day of the dead” reforça a tensão entre espiritualidade e perdição, um tema frequente na banda.

O videoclipe, que faz uma sátira a programas televangelistas, acrescenta uma crítica à hipocrisia de instituições religiosas diante dos aspectos sombrios da natureza humana. Versos como “I'm not really bad, I'm just made up of bad things” (“Eu não sou realmente mau, só sou feito de coisas ruins”) e “Born with a soul that don’t wanna be saved” (“Nascido com uma alma que não quer ser salva”) mostram a aceitação do próprio lado obscuro. Já “I ask and get none, nope, no forgiveness” (“Eu peço e não recebo nada, não, nenhum perdão”) deixa claro que não há espaço para arrependimento. As imagens de violência e morte, como “grab your guns and crossbows” (“pegue suas armas e bestas”) e “it’s hell that follows” (“é o inferno que vem depois”), criam uma atmosfera de ameaça e inevitabilidade. Assim, a música transforma o “day of the dead” em um convite para que os marginalizados aceitem sua condição e celebrem o caos, em vez de temê-lo.