It Will Come Back

Desejo incontrolável e autossabotagem em “It Will Come Back”

A música “It Will Come Back”, de Hozier, explora como desejos e tentações, uma vez estimulados, tornam-se difíceis de controlar e tendem a retornar com mais intensidade. Hozier utiliza metáforas claras, como “Honey, don't feed it, it will come back” (Querida, não alimente isso, isso vai voltar), para mostrar que ceder a impulsos destrutivos — seja em relacionamentos tóxicos, vícios ou padrões autossabotadores — cria um ciclo difícil de romper. A letra sugere que, ao dar espaço para essas influências, elas inevitavelmente retornam, reforçando a ideia de que é preciso cautela ao lidar com nossos próprios limites.

A atmosfera sombria da música, marcada por riffs de guitarra e batidas que evocam uma sensação de perseguição, reforça a ideia de algo perigoso à espreita. No verso “I know who I am when I'm alone / I'm something else when I see you” (Eu sei quem sou quando estou sozinho / Sou outra pessoa quando te vejo), Hozier revela como a presença de alguém pode nos transformar e nos fazer perder o controle. O refrão “Don't let me in with no intention to keep me / Jesus Christ, don't be kind to me / Honey, don't feed me, I will come back” (Não me deixe entrar sem intenção de me manter / Jesus Cristo, não seja gentil comigo / Querida, não me alimente, eu vou voltar) mostra o narrador reconhecendo seu próprio potencial destrutivo e alertando a outra pessoa sobre os riscos de se envolver com ele. Assim, a canção serve como um aviso sobre os perigos de alimentar impulsos que, uma vez despertos, dificilmente desaparecem.