The Future Is So Yesterday

Crítica ao culto da inovação em “The Future Is So Yesterday”

"The Future Is So Yesterday", da série "Inanimate Insanity", faz uma sátira direta ao universo corporativo e à cultura da inovação vazia. A música gira em torno de Steve Cobs, um CEO fictício inspirado em figuras como Steve Jobs, que transforma discursos empresariais em espetáculo. O título já revela a ironia central: o futuro, que deveria ser novidade, já nasce ultrapassado. Isso reflete a crítica à obsessão das empresas por aparentar estar sempre à frente, mesmo que isso seja apenas fachada.

A letra utiliza frases típicas de CEOs e gurus da tecnologia para expor a superficialidade dessas apresentações. Em “You all want what you understand / So what I supply is what you'll demand!” (“Vocês querem o que entendem / Então eu forneço o que vocês vão desejar!”), a música mostra como as empresas moldam o desejo do público, vendendo o familiar como se fosse revolucionário. Trechos como “Let's take a look at the profit margin / No let's not, that's corporate jargon!” (“Vamos dar uma olhada na margem de lucro / Não, melhor não, isso é jargão corporativo!”) e “Well, there's no such thing as a stupid question / So it's wise of me if I ask you to leave” (“Bem, não existe pergunta estúpida / Então é sensato da minha parte pedir que você se retire”) ironizam a falta de transparência e o desprezo pelo questionamento real. O conceito de "Me technology" reforça a crítica ao culto ao novo produto, que promete revolucionar, mas raramente traz inovação de verdade.

No final, a repetição de “I don't care!” (“Eu não ligo!”) e “The future is so yesterday!” (“O futuro já é passado!”) resume o tom bem-humorado da música, destacando a arrogância e o vazio das promessas corporativas, onde o progresso é apenas uma ilusão vendida como novidade.