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exibições de letras 21

Nestes dias assim quando só cabe em mim um resto de ilusão
A lembrança se solta, corre abre a porta do antigo galpão
Entre meio a poeira, uma vida inteira de recordação
Ferramentas usadas em cada empreitada no que era o sertão
Uma enxada, um machado, uma foice sem cabo, também um facão
Na parede encostado, todo empoeirado, está o arado que cortava o chão

Um rastelo, um serrote que quase sem corte, nada serra não
E já bem desgastado, agora jogado o que foi um enxadão
Torrador de café, um moinho e até a trempe do fogão
Também abandonada, toda enferrujada perto do pilão
Tanto tempo depois, o resto do que foi plantadeira de mão
Ironia da vida, plantava comida, hoje colhe esquecida só a corrosão

Bem ali pendurada e toda ressecada a tralha do burrão
Que foi forte na roça, puxando a carroça em cada estradão
Apagado em saudades quem foi claridade na escuridão
Parecendo em apuros com medo do escuro, o velho lampião
Nestes dias assim quando só cabe em mim um resto de ilusão
Com os olhos molhados reviro o passado que trago guardado meu peito é o galpão

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