
Les Bourgeois
Jacques Brel
Ciclo de rebeldia e hipocrisia em “Les Bourgeois” de Jacques Brel
Em “Les Bourgeois”, Jacques Brel faz uma crítica direta ao ciclo de rebeldia e conformismo presente na sociedade. A música narra a história de três amigos que, quando jovens, zombam dos burgueses da cidade, como mostra o verso: “on leur montrait nos culs et nos bonnes manières” (“mostrávamos a eles nossas bundas e nossos bons modos”). Com o passar dos anos, esses mesmos jovens acabam assumindo o papel dos burgueses que tanto ridicularizavam. O refrão, “Les bourgeois c'est comme les cochons, plus ça devient vieux, plus ça devient bête” (“Os burgueses são como porcos, quanto mais velhos ficam, mais tolos se tornam”), reforça a ideia de que o envelhecimento, para quem se acomoda, traz mais tolice do que sabedoria.
O contexto musical e histórico aprofunda essa crítica. A melodia de tango, associada à paixão e rebeldia, representa a juventude dos personagens, enquanto a entrada do cravo simboliza a transição para a vida adulta e o emburguesamento. A letra é construída de forma cíclica, repetindo situações e frases, mas invertendo os papéis, o que evidencia como a rebeldia da juventude pode se transformar em hipocrisia. Brel também cita nomes como Voltaire e Casanova, figuras ligadas à contestação e à sedução, para destacar o contraste entre os ideais da juventude e a mediocridade do conformismo adulto. No final, os protagonistas, agora notários, tornam-se alvo do mesmo deboche que praticavam, fechando o ciclo e mostrando como esse processo é universal.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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