
Ser Estranho
Jessé
Identidade e autoconhecimento em “Ser Estranho” de Jessé
A música “Ser Estranho”, de Jessé, explora de maneira direta a existência de uma figura feminina interna no narrador, desafiando as fronteiras tradicionais de identidade e gênero. No verso “Uma mulher que em mim vive em segredo / Um ser estranho que até tenho medo”, Jessé revela uma dualidade interna, onde essa mulher representa aspectos reprimidos ou não expressos do próprio eu. O conceito do "estranho" (das Unheimliche), da psicanálise, é central: partes familiares de si mesmo podem se tornar inquietantes quando não são reconhecidas conscientemente.
A letra mostra o conflito e a convivência entre o narrador e essa presença interna, descrita como “mais doída que a própria ferida” e “mais calada que o próprio silêncio”. Essa mulher funciona como conselheira e impulsionadora de desejos que o narrador não tem coragem de realizar: “me aconselha a fazer tudo aquilo que a coragem não deixa fazer / Quando eu não faço ela faz”. A canção também aborda a fluidez dos papéis de gênero, como em “Às vezes me diz que não quer ser mulher / Mas sente falta de um homem qualquer”, mostrando a complexidade das emoções e identidades humanas. O refrão “Ela é tão 'eu' que, às vezes, não sei quem é ela / É tão só que, às vezes, não sei se sou eu” resume a fusão e a confusão entre o "eu" e o "outro" dentro de si, tornando a música uma reflexão sensível sobre autoconhecimento, aceitação e os limites da identidade.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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