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Biografia do Fado

João Braga

Perguntam-me p’lo fado, eu conheci-o
Era um ébrio, era um vadio
Que andava na Mouraria
Talvez ainda mais magro que um cão galgo
E a dizer que era fidalgo
Por andar c'oa fidalguia

O pai era um enjeitado
Que até andou embarcado
Nas caravelas do Gama
Um mal andrajado e sujo
Mais gingão do que um marujo
Dos velhos becos d’Alfama

Pois eu sei bem onde ele nasceu
Que não passou dum plebeu
Sempre a puxar p’a vaidade
Sei mais, sei que o fado é um dos tais
Que não conheceu os pais
Nem tem certidão de idade

Perguntam-me por ele, eu conheci-o
Num perfeito desvario
Sempre amigo da balbúrdia
Entrava na Moirama a horas mortas
E a abrir as meias portas
Era o rei daquela estúrdia

Foi às esperas de gado
Foi cavaleiro afamado
Era o delírio no entrudo
Naquela vida agitada
Ele que veio do nada
Não sendo nada era tudo

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