
Apito Final
João Chagas Leite
Patrimônio e crítica social em "Apito Final" de João Chagas Leite
"Apito Final", de João Chagas Leite, faz uma crítica direta ao abandono do patrimônio cultural e histórico do Rio Grande do Sul, usando o fim dos trens de ferro como símbolo dessa perda. No verso “Não rangem mais as rodas sobre os trilhos / Rasgando os campos, escrevendo a história”, o artista mostra como os trens eram mais do que transporte: representavam progresso, integração e faziam parte da identidade regional. Ao dizer que “morreram pobres e sem glória”, João Chagas Leite lamenta não só a extinção dos trens, mas também a falta de reconhecimento desse legado pelas novas gerações.
A música também compara o avanço tecnológico em outros países com o retrocesso local: “Correm os trens no mundo como a ciência / Faz-se o trem bala sempre mais veloz / Enquanto aqui por falta de consciência / Vira sucata o que pagamos nós”. O compositor critica a falta de visão das autoridades e da sociedade, que permitiram o sucateamento de algo construído com esforço coletivo. No trecho “Não é saudade, não é só lamento / Que nos leva a sentir sua agonia / É perceber que o descarrilamento / Lhe foi imposto, o trem não merecia”, ele reforça que o fim dos trens foi resultado de decisões equivocadas, e não de um processo natural. Assim, a canção denuncia uma perda irreparável para a cultura gaúcha, indo além da nostalgia e apontando para a responsabilidade coletiva nesse processo.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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