
Tango do Meretrício
João de Almeida Neto
Irreverência e boemia em “Tango do Meretrício” de João de Almeida Neto
Em “Tango do Meretrício”, João de Almeida Neto utiliza o humor e a ironia para retratar um personagem que se identifica com o universo do tango e da boemia. Logo no início, a frase “filho de uma tia da empregada do Gardel” mostra, de forma divertida, a falta de nobreza do narrador e sua ligação com o submundo, ao mesmo tempo em que faz referência ao lendário cantor de tango Carlos Gardel. Essa autodeclaração evidencia o tom descontraído da música e a autoaceitação do protagonista, que não se envergonha de sua origem humilde e marginalizada.
O bordel, chamado de “meretrício”, é apresentado como um refúgio, onde o narrador encontra seu verdadeiro papel: “não há lugar melhor que o meretrício / no vício é que eu encontro meu papel”. Ele assume seus defeitos e vícios com orgulho, rejeitando os valores tradicionais da família e da sociedade. O tom irônico se intensifica quando o personagem relata o rompimento com a esposa e as amantes, e sua fuga para o “chinaredo” (gíria para bordel). A previsão da cigana – “ou capam esse cuiúdo ou emprenha toda nação” – reforça a ideia de que sua natureza rebelde é incontrolável. A música faz uma sátira irreverente à moralidade, celebrando o prazer, a boemia e a liberdade de viver à margem das convenções sociais.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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