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Milongão Sul-Riograndense

Joca Martins

Letra

    Com licença meus "hermanos",
    Gujo Teixeira e Marenco,
    Eu vou encilha assobiando
    Esse milongão matreiro,
    Que eu aprendi recorrendo,
    Nos campos e nos segredos
    Do velho Piratini

    Milonga da campereada,
    Negaceia metreirando
    De encilha assobiando
    E assobiar desencilhando.

    Num trotão madrugadeiro
    Cheiro de orvalho de campo,
    Gosto de erva na boca,
    Misturado com palheiro.

    Se tira no mais pra fora,
    Algum mal acostumado,
    Convidando com os "arreio"
    Num bailecito ajeitado.

    Num arranco de braçada,
    O custo vem dos "garrão",
    Sou eu de chapéu tapeado
    Manejando um redomão

    Sou eu que peleio sempre
    Nas madrugadas de Deus,
    Sou eu calçando as esporas,
    Vida que o campo me deu.

    Sou de braseiro grande,
    Trompando as invernias,
    Ajeitando o garreiu
    Pras lidas do dia a dia

    Quando o vento se levanta,
    No craquejal das taperas,
    Sou eu que vim de outra vida
    Teimando em ser o que era.

    E se o mundo velho se atora,
    Num desenlace sem fim,
    Meu velho pago Gaúcho,
    Aguenta firme por mim.

    E de alma tapejara,
    Pelo-duro e Rio-Grandense,
    desencilho esta milonga
    No coração da minha gente.

    Composição: Joca Martins / Xiru Antunes. Essa informação está errada? Nos avise.

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