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Décima do Potro Baio

Joca Martins

Letra

    Eu sai pela fronteira
    Ver negócios de importância
    E pra ver se me ajustava
    De capataz de estância
    Cheguei lá e me ajustei
    Onde havia uma potrada
    Onde havia um bagual baio
    Respeitando da peonada

    Baio da venta rasgada
    Carunchado nos "currilho"
    Foi o que mais me agradou
    Pra sentar o meu lombilho
    Pra "encilhá" o venta rasgada
    Custou uma barbaridade
    Baixou a cabeça na estância
    Foi levantar na cidade

    Da estância para ciade
    Regulava légua e meia
    Onde o baio se acalmou
    Foi na venda do "Gouvêa"
    Eu apeei lá no "Gouvêa"
    pra tomar uns trago de vinho
    Depois belisquei o baio
    Desde a marca inté o fucinho

    E este baio corcoveava
    Mesmo que boi tafoneiro
    Pois já estava acostumado
    A corcovear o dia inteiro
    Bombeei prá o oitão dum rancho
    Vi uma prenda me espiando
    E baio não via nada
    Continuava corcoveando

    Menina, minha menina
    Me agarra se não eu caio
    Que eu já venho sufocado
    Com uma espora sem roseta
    E outra sem papagaio
    Se as duas tivessem boas
    Que seria deste baio

    Quase arrebentei um pulso
    E as duas canas do braço
    Deixei o baio bordado
    De tanto espora e mangaço
    Um dia deixei a estância
    E fui cumprir minha sina
    Mas o baio ficou manso
    Inté pra um selim de china.


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