It's a Long Way Back

Memórias e recomeços em "It's a Long Way Back" de John Illsley

Em "It's a Long Way Back", John Illsley faz um mergulho nostálgico em sua trajetória, usando referências diretas ao passado do Dire Straits. A menção a "Deptford Town" não é apenas um detalhe geográfico, mas um símbolo do retorno às origens da banda, já que Deptford, em Londres, foi o ponto de partida do grupo. O refrão "It's a long way back" reforça a ideia de distância, tanto no tempo quanto nas emoções, entre o início da carreira e o presente.

A música também traz lembranças da primeira turnê americana do Dire Straits, especialmente a estadia no Sunset Marquis e o show no Roxy, em Los Angeles. Isso aparece em versos como "City of Angels was burning bright" (A Cidade dos Anjos brilhava intensamente) e "Sun going down at the Sunset Marquee" (O sol se pondo no Sunset Marquee), que situam o ouvinte no clima vibrante e caótico da cidade no final dos anos 1970. Illsley ainda faz homenagens ao legado da banda ao citar músicas como "In the gallery with a touch of the blues" e "All you need is a six blade knife". A linha "Once there was a river now it's a stream" (Antes havia um rio, agora é um riacho) remete à canção "Water of Love" e simboliza como as experiências marcantes do passado se tornam mais distantes com o tempo.

Além das memórias pessoais, Illsley amplia o olhar para temas universais, como em "Which way is up no one can agree / Liberty Fraternity Equality" (Qual é o caminho certo, ninguém concorda / Liberdade, Fraternidade, Igualdade), refletindo sobre incertezas e mudanças. Ao final, a música sugere que, apesar das transformações, sempre há espaço para recomeçar, como indica o verso "now's the time to make a new start" (agora é hora de recomeçar).