Acontecência

O amor como essência do instante em “Acontecência”

Em “Acontecência”, Jorge Vercillo cria um termo próprio para expressar a ideia de que a felicidade está nos pequenos momentos vividos com intensidade, especialmente quando envolvem o amor. Ao unir as palavras "acontecimento" e "essência", ele sugere que a plenitude não depende de grandes conquistas, mas do valor dado ao presente, como nos versos “ver seu respirar, acelerar, desenfreado” ou “um segundo do seu beijo / pode transformar o eterno”. A música convida o ouvinte a perceber a beleza e a importância dos instantes simples, reforçando uma atmosfera romântica e reflexiva sobre o que realmente importa na vida.

Vercillo amplia o conceito de amor ao citar personalidades como Cicciolina, Dalai Lama, John Lennon e Jesus, mostrando que o amor ultrapassa barreiras culturais, religiosas e morais. Ao afirmar “o amor é amizade, paixão / O amor é tudo ao mesmo tempo na velocidade da luz”, ele destaca a natureza multifacetada e universal do sentimento, capaz de unir opostos e se manifestar em diferentes contextos, do monastério ao Woodstock, do rock ao blues. O trecho “Eu era tão dono de mim / Agora já não sei de nada, barbaridade” revela como o amor transforma e faz com que a pessoa se permita sentir e perder o controle, vivendo de forma mais autêntica. Assim, “Acontecência” celebra o amor como uma força vital presente em cada detalhe do cotidiano, capaz de dar sentido à existência.