Fragmentado

A Fragmentação da Mente em 'Fragmentado' de Kant

A música 'Fragmentado' de Kant é uma exploração intensa e visceral da mente humana, repleta de metáforas e imagens poderosas. Desde o início, o artista descreve seus pensamentos como 'ciladas atômicas', sugerindo a natureza destrutiva e caótica de sua mente. Ele se compara a uma 'sílaba tônica' dentro de uma 'cínica crônica', indicando sua importância e peso em uma narrativa cheia de ironia e anonimato. A repetição da ideia de 'vomitar' ao lembrar de certas coisas reforça a aversão e o desconforto que essas memórias trazem.

Kant também aborda suas fraquezas e a hipocrisia que percebe em si mesmo e nos outros. Ele menciona 'rimas mais hipócritas' e uma 'história reescrita', sugerindo uma luta interna com a autenticidade e a verdade. A referência a 'um tonel de ácido' e a ideia de assistir a destruição de seus inimigos de forma quase sádica revela um lado sombrio e vingativo. A música é permeada por uma sensação de caos e ódio, com o artista expressando um desejo de destruição tanto interna quanto externa.

A repetição do refrão 'Pesquisas por wifi me ensinaram muay thai' e 'Ajoelha, abra a boca e reza' adiciona uma camada de modernidade e violência à música. O uso de termos contemporâneos como 'wifi' e 'tie-dye' contrasta com a brutalidade das imagens de sangue e violência. A música termina como começou, com a ideia de pensamentos como 'ciladas atômicas' e a sensação de náusea ao lembrar de certas coisas, encapsulando a fragmentação e o tumulto interno do artista.