ME TENGO QUE IR (part. Kali Uchis)

Ruptura madura e autovalorização em “ME TENGO QUE IR (part. Kali Uchis)”

“ME TENGO QUE IR (part. Kali Uchis)”, de KAROL G, aborda o término de um relacionamento de forma direta e madura, sem recorrer a idealizações ou dramatizações. Logo no início, versos como “Puede que conmigo duermas / Y estemos juntos, pero no te siento, bebé” deixam claro que, apesar da proximidade física, existe uma desconexão emocional. A frase “Hace rato que esto yo lo veía venir” mostra que o fim já era esperado, resultado de uma incompatibilidade percebida há algum tempo. Essa abordagem revela honestidade e autoconhecimento, reforçando a ideia de crescimento pessoal, algo também destacado por Kali Uchis na música.

A canção utiliza metáforas para ilustrar a rotina vazia e a falta de paixão, como em “Vivimo' actuando como si nos conocemo' / De' hace rato que rico no nos comemo'”. Já o verso “¿Quién me va a pagar to' los polvo' que nos debemo'?” brinca com duplo sentido, referindo-se tanto a encontros sexuais não realizados quanto a expectativas não cumpridas. A expressão “papi, tú eres un perro y ando en busca de gato” reforça o tom de superação e desapego, indicando que a protagonista busca algo novo e não aceita mais o comportamento do parceiro. Muitos fãs relacionam a letra ao término de KAROL G com Anuel AA, o que traz um aspecto pessoal à mensagem de libertação e autovalorização.

Kali Uchis complementa ao cantar “No me voy sin despedir / Pero sabes que me toca ir”, mostrando respeito ao se despedir, mas deixando claro que é hora de partir em busca de algo melhor. Assim, a música se destaca por tratar o fim de um relacionamento com clareza, maturidade e foco no respeito próprio, tornando-se um símbolo de autonomia emocional.